Nesta fase de ciclo de alta dos metais preciosos, o desempenho da prata e do platina superou amplamente o do ouro, sendo uma lógica que merece uma análise aprofundada.
Duplo impulso de novos máximos em dez anos
Até ao final de setembro, a prata estabilizou-se acima de 45 dólares por onça, enquanto o platina ultrapassou os 1550 dólares por onça, ambos atingindo os seus níveis mais altos em mais de uma década. Em comparação, desde o início de 2025, a prata acumulou uma subida de 55%, enquanto o platina subiu 71%, ambos muito acima do aumento de 41% do ouro.
Este impulso é alimentado por dois fatores principais: primeiro, o aumento do risco geopolítico e a incerteza nas perspetivas económicas, que impulsionam o fluxo de capitais globais para ativos de refúgio; segundo, o reforço das expectativas de flexibilização monetária por parte dos principais bancos centrais, criando um ambiente de liquidez favorável à subida dos preços dos metais preciosos.
Reparação de valor e duplo suporte do dividendo de oferta
A liderança da prata e do platina na subida em relação ao ouro deve-se a dois pontos:
Revisão de avaliação: a relação ouro-prata e ouro-platina tem estado distorcida a longo prazo, levando a uma reconfiguração sistemática entre diferentes classes de ativos. Do ponto de vista histórico, este tipo de reparação de avaliação costuma vir acompanhado de um impulso de recuperação mais forte.
Gap estrutural na oferta: a World Silver Survey prevê que o mercado de prata continuará a apresentar défice pelo quinto ano consecutivo em 2025. Ainda mais preocupante, com base na velocidade atual de consumo, as reservas conhecidas de prata podem esgotar-se antes de 2050. O principal conselheiro de investimento do Nomura Securities destacou que esta expectativa de escassez a longo prazo já é um consenso de mercado.
O mercado de platina enfrenta igualmente dificuldades estruturais. A World Platinum Investment Council prevê que, em 2025, o mercado de platina continuará a apresentar défice pelo terceiro ano consecutivo, com um gap estimado de 30 toneladas. O CEO da associação enfatizou que a oferta de minas de platina enfrenta uma pressão contínua de redução, e o mercado já entrou numa fase de escassez prolongada.
Percepção positiva dos analistas para o futuro
Segundo previsões de instituições, a prata e o platina ainda têm espaço para subir:
Um analista de commodities do UBS afirmou que o objetivo de preço para a prata no futuro está na faixa de 52-58 dólares. A Nomura Securities destacou que, em comparação com o potencial de subida do ouro, a prata, que possui atributos industriais e de refúgio, está a tornar-se cada vez mais atrativa.
O banco Crédit Agricole tem uma perspetiva mais agressiva, acreditando que a prata, numa base de subavaliação relativa, atingirá primeiro os 50 dólares e, posteriormente, poderá estender-se até aos 100 dólares.
No que diz respeito à platina, o Deutsche Bank prevê que, sustentada por um défice de oferta e uma procura estrutural, a forte dinâmica da platina continuará. Se a relação ouro-platina regressar à média histórica de 2, o preço da platina poderá ultrapassar os 1850 dólares.
Orientações de investimento
Observando o ciclo de dez anos do gráfico de evolução da platina, o atual ciclo de alta da prata e da platina apresenta uma combinação rara de défice de oferta, reparação de avaliação e liquidez abundante, algo que não se via na última década. Para investidores com carteira diversificada, acompanhar o ajustamento das quotas destes dois metais preciosos na carteira de metais pode ser uma oportunidade oportuna.
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Ciclo de dez anos do prata e do platina: uma grande mudança, será que podem assumir a liderança do ouro e impulsionar os metais preciosos?
Nesta fase de ciclo de alta dos metais preciosos, o desempenho da prata e do platina superou amplamente o do ouro, sendo uma lógica que merece uma análise aprofundada.
Duplo impulso de novos máximos em dez anos
Até ao final de setembro, a prata estabilizou-se acima de 45 dólares por onça, enquanto o platina ultrapassou os 1550 dólares por onça, ambos atingindo os seus níveis mais altos em mais de uma década. Em comparação, desde o início de 2025, a prata acumulou uma subida de 55%, enquanto o platina subiu 71%, ambos muito acima do aumento de 41% do ouro.
Este impulso é alimentado por dois fatores principais: primeiro, o aumento do risco geopolítico e a incerteza nas perspetivas económicas, que impulsionam o fluxo de capitais globais para ativos de refúgio; segundo, o reforço das expectativas de flexibilização monetária por parte dos principais bancos centrais, criando um ambiente de liquidez favorável à subida dos preços dos metais preciosos.
Reparação de valor e duplo suporte do dividendo de oferta
A liderança da prata e do platina na subida em relação ao ouro deve-se a dois pontos:
Revisão de avaliação: a relação ouro-prata e ouro-platina tem estado distorcida a longo prazo, levando a uma reconfiguração sistemática entre diferentes classes de ativos. Do ponto de vista histórico, este tipo de reparação de avaliação costuma vir acompanhado de um impulso de recuperação mais forte.
Gap estrutural na oferta: a World Silver Survey prevê que o mercado de prata continuará a apresentar défice pelo quinto ano consecutivo em 2025. Ainda mais preocupante, com base na velocidade atual de consumo, as reservas conhecidas de prata podem esgotar-se antes de 2050. O principal conselheiro de investimento do Nomura Securities destacou que esta expectativa de escassez a longo prazo já é um consenso de mercado.
O mercado de platina enfrenta igualmente dificuldades estruturais. A World Platinum Investment Council prevê que, em 2025, o mercado de platina continuará a apresentar défice pelo terceiro ano consecutivo, com um gap estimado de 30 toneladas. O CEO da associação enfatizou que a oferta de minas de platina enfrenta uma pressão contínua de redução, e o mercado já entrou numa fase de escassez prolongada.
Percepção positiva dos analistas para o futuro
Segundo previsões de instituições, a prata e o platina ainda têm espaço para subir:
Um analista de commodities do UBS afirmou que o objetivo de preço para a prata no futuro está na faixa de 52-58 dólares. A Nomura Securities destacou que, em comparação com o potencial de subida do ouro, a prata, que possui atributos industriais e de refúgio, está a tornar-se cada vez mais atrativa.
O banco Crédit Agricole tem uma perspetiva mais agressiva, acreditando que a prata, numa base de subavaliação relativa, atingirá primeiro os 50 dólares e, posteriormente, poderá estender-se até aos 100 dólares.
No que diz respeito à platina, o Deutsche Bank prevê que, sustentada por um défice de oferta e uma procura estrutural, a forte dinâmica da platina continuará. Se a relação ouro-platina regressar à média histórica de 2, o preço da platina poderá ultrapassar os 1850 dólares.
Orientações de investimento
Observando o ciclo de dez anos do gráfico de evolução da platina, o atual ciclo de alta da prata e da platina apresenta uma combinação rara de défice de oferta, reparação de avaliação e liquidez abundante, algo que não se via na última década. Para investidores com carteira diversificada, acompanhar o ajustamento das quotas destes dois metais preciosos na carteira de metais pode ser uma oportunidade oportuna.