O que fazer com ações deslistadas? Guia completo de orientação para investidores

Quando as ações que possui enfrentam repentinamente a descontinuação, a primeira reação de muitas pessoas é “está tudo perdido”. Mas, na verdade, ações descontinuadas não são sem esperança; o segredo está em obter informações em tempo hábil, avaliar corretamente a situação e tomar as medidas adequadas.

Primeiro, esclareça: suspensão de negociação ≠ descontinuação

Muitos investidores confundem os conceitos de “ação suspensa” e “ação descontinuada”. Na realidade, há uma diferença fundamental:

Ação suspensa geralmente é um fenômeno de curto prazo, podendo ocorrer por divulgação de eventos importantes da empresa, oscilações anormais, informações pendentes, entre outros motivos. A ação está apenas “em pausa”; o valor da posição do investidor permanece praticamente o mesmo, e a negociação pode ser retomada posteriormente.

Ação descontinuada é a saída definitiva do mercado de bolsa. A empresa é deslistada por motivos como irregularidades financeiras, violações ou por solicitação voluntária, e a ação não pode mais ser comprada ou vendida naquela bolsa.

Por que uma ação pode ser deslistada? Riscos vêm dessas direções

Compreender as razões da descontinuação ajuda a avaliar o valor real da ação que possui. Situações comuns de deslistagem incluem:

Deslistagem forçada por deterioração financeira
Perda contínua, patrimônio negativo, relatórios financeiros contestados por auditores, tudo isso pode acionar o mecanismo de revisão de deslistagem da bolsa. Nesses casos, o investidor deve se preparar para o pior cenário.

Vazamento de irregularidades ou ações coercitivas
Falsificação de receitas, uso de informações privilegiadas, não divulgação de informações relevantes, uma vez descoberto, pode levar à deslistagem compulsória. O caso da Luckin Coffee, que foi removida da NASDAQ por fraudes financeiras, é um exemplo clássico.

Privatização voluntária ou aquisição
Algumas empresas optam por sair do mercado público, realizando privatizações ou sendo adquiridas por controladoras. A Dell, que saiu da bolsa em 2013, é um exemplo; nesse momento, os acionistas podem até valorizar suas ações.

Como é o processo de deslistagem? Os investidores precisam reagir a tempo

A descontinuação de uma ação não acontece de um dia para o outro; geralmente leva meses, dando tempo ao investidor para se preparar:

Primeiro, há a fase de aviso, na qual a bolsa envia uma notificação de advertência, marcando a ação com um asterisco “*” ou “ST”. Essa é a primeira luz vermelha, que exige atenção.

Depois, entra-se na fase de prazo para melhorias, normalmente de 3 a 6 meses, para que a empresa corrija problemas, como apresentar relatórios financeiros, atrair investidores ou melhorar sua situação financeira.

Se as melhorias não ocorrerem, a bolsa realiza uma deliberação para avaliar se a deslistagem deve acontecer oficialmente.

Por fim, há a data de anúncio de encerramento do listing, quando a ação sai de fato do mercado.

Acompanhar notificações de corretoras e comunicados da bolsa permite entender todo o processo.

Ações descontinuadas ainda têm valor? Depende do motivo

Descontinuar não significa que a ação virou papel sem valor; seu valor subsequente depende da situação específica:

Deslistagem por privatização: potencial de valorização
Se a empresa sai do mercado público para privatizar, especialmente com baixa circulação de ações, os grandes acionistas podem recomprar as ações no mercado a um preço elevado posteriormente. Nesse caso, o investidor deve acompanhar de perto os anúncios da empresa para aproveitar oportunidades de recompra.

Deslistagem por deterioração financeira: risco de perda total
Se a saída ocorrer por prejuízos contínuos ou falência, o valor do investimento pode se tornar praticamente zero. Em processos de liquidação, os acionistas comuns geralmente ficam por último na fila de pagamento, muitas vezes sem receber nada.

Deslistagem por preço muito baixo: dificuldades de liquidez
Algumas empresas são forçadas a sair por terem suas ações cotadas a preços muito baixos por um longo período. Nesse cenário, o volume de negociação é extremamente reduzido, dificultando a venda ou troca por outro ativo, podendo ficar impossibilitado de realizar qualquer liquidação.

Deslistagem por irregularidades: bloqueio de fundos
Empresas deslistadas por violações podem ter seus fundos congelados, impossibilitando a conversão em dinheiro. Os investidores precisam aguardar o andamento do processo legal, durante o qual seus recursos permanecem indisponíveis, e o valor de suas ações pode chegar a zero.

Como se proteger antes da deslistagem: montar uma carteira de investimentos racional

Ao invés de reagir passivamente após a descontinuação, é melhor se preparar com antecedência:

Análise cuidadosa na escolha de ações
Antes de comprar, investigue profundamente o potencial de crescimento da empresa, sua posição no setor, saúde financeira e se ela atende aos requisitos de listagem da bolsa.

Diversificação é fundamental
Não concentre todo o seu capital em uma única ação ou classe de ativos. Com base na sua tolerância ao risco, construa uma carteira diversificada:

  • Investidor com alta tolerância ao risco: Contratos de diferença 15%, ações 50%, fundos 30%, depósitos bancários 5%
  • Investidor com risco moderado: Contratos de diferença 10%, ações 35%, fundos 35%, depósitos 20%
  • Investidor conservador: Contratos de diferença 5%, ações 15%, fundos 40%, depósitos 40%

Assim, mesmo que uma ação seja descontinuada, o impacto na sua carteira geral será menor.

E se a ação já foi descontinuada? Como reduzir perdas

Se a descontinuação já está confirmada, veja as opções de ação:

Primeiro passo: coletar informações ativamente
Antes da saída oficial, a empresa publica no site de informações da bolsa a data de deslistagem e os procedimentos posteriores. O investidor deve acompanhar esses anúncios ou consultar a corretora para detalhes, verificando se há opções de recompra ou transferência para mercado de balcão.

Segundo passo: avaliar a possibilidade de recompra
Se a empresa oferecer um programa de recompra, o investidor deve decidir dentro do prazo se participa ou não. Aceitar a recompra exige concluir o procedimento dentro do período; após isso, perde o direito. Quem não aceitar pode manter a posição, mas deve estar preparado para baixa liquidez.

Terceiro passo: acompanhar a transferência para mercado de balcão
Algumas empresas descontinuadas podem migrar para o mercado de balcão. Apesar do volume menor, ainda é possível negociar por corretoras, e se a situação financeira melhorar, há possibilidade de reabrir o capital futuramente.

Quarto passo: aguardar o processo de liquidação
Se a saída for por problemas financeiros ou falência, o investidor precisa esperar a conclusão da liquidação. A empresa distribuirá os ativos remanescentes, mas os acionistas comuns ficam por último na fila, muitas vezes recebendo pouco ou nada. Nesse momento, o valor da ação tende a se aproximar de zero, mas pode servir como base para dedução de perdas no imposto de renda.

Quinto passo: agir na ausência de opções oficiais
Se a empresa não oferecer recompra ou balcão, o investidor ainda pode optar por:

  • Manter a ação e acompanhar a situação
  • Negociar com outros acionistas uma transferência privada
  • Consultar a corretora sobre procedimentos de transferência de propriedade

Sexto passo: considerar a declaração de imposto
Se não for possível recuperar o investimento, pode-se declarar a perda como prejuízo na declaração de IR, para compensar ganhos futuros. Caso tenha recebido algum valor na recompra, deve calcular o lucro ou prejuízo real. Recomenda-se consultar um contador ou especialista em tributação para garantir a correta declaração.

Dicas finais de investimento

Ao lidar com ações descontinuadas, decida com base na sua avaliação:

Se a chance de prejuízo for grande e alguém estiver disposto a comprar, é mais prudente vender logo para evitar perdas maiores.

Se houver potencial de lucro (como na privatização), pode manter a posição e aguardar uma recompra a preço elevado.

Se a ação for reativada no mercado posteriormente, ela voltará a circular, embora isso seja raro, é uma possibilidade real.

O mais importante é evitar a mentalidade de “descontinuada = tudo acabou”. Em vez disso, analise a situação com calma, reaja de forma racional e tome as melhores decisões. Obter informações em tempo hábil, avaliar riscos com racionalidade e agir com estratégia são as melhores formas de minimizar perdas em ações descontinuadas.

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