Entenda tudo sobre o mercado cambial: do iniciante ao especialista, um guia completo do mercado

O que é o mercado cambial? Começando pela “pirâmide” do mercado

Mercado cambial (ou mercado de câmbio) à primeira vista parece complicado, mas se o imaginar como uma estrutura de pirâmide fica mais claro. Diferente da Bolsa de Valores de Nova York, que possui uma cotação centralizada, o mercado de câmbio é descentralizado — isso significa que o mesmo par de moedas pode ter cotações diferentes em diferentes operadores.

Parece confuso, mas na prática o mercado tem sua própria ordem. Dividido em três camadas de cima para baixo:

Camada superior: Mercado interbancário — aqui é o jogo dos players. Os maiores bancos do mundo (Citibank, JPMorgan, UBS, Barclays, Deutsche Bank, Goldman Sachs, HSBC e Bank of America) negociam diretamente por telefone ou plataformas eletrônicas de corretagem. EBS Market e Reuters Matching são como as “Coca-Cola e Pepsi” desse círculo, dominando a liquidez. Por exemplo, pares populares como EUR/USD e USD/JPY têm maior liquidez na EBS, enquanto libras esterlinas, dólares australianos são mais ativos na plataforma da Reuters.

O mercado interbancário tem uma regra oculta: você pode ver as cotações de outros, mas nem sempre consegue negociar pelo mesmo preço — pois a taxa de câmbio depende muito da relação de crédito entre as partes. Bancos com boa reputação podem negociar taxas e limites mais favoráveis, assim como ao solicitar um empréstimo.

Camada intermediária: Instituições financeiras e market makers — hedge funds, grandes empresas comerciais, market makers de varejo e corretoras ECN estão aqui. Como eles não têm uma relação de crédito tão próxima com os bancos, precisam fazer transações por intermediários bancários, e as taxas de câmbio costumam ser um pouco mais altas.

Camada inferior: Investidores de varejo — ou seja, pessoas como você e eu. Antes da internet e das corretoras de varejo, os investidores de varejo não tinham acesso a esse mercado. Agora, a barreira caiu bastante, mas os custos de negociação são maiores do que na camada superior dos bancos.

Quem decide as taxas de câmbio? Uma visão geral dos participantes do mercado

Grandes bancos: os dominadores do mercado cambial

As maiores instituições financeiras do mundo — Citibank, JPMorgan, UBS, Barclays, Deutsche Bank, Goldman Sachs, HSBC e Bank of America — realizam volumes enormes de negociações cambiais diariamente. Negociam tanto por conta própria quanto em nome de clientes, ajustando continuamente as cotações de compra e venda com base na oferta e demanda de moedas. Simplificando, eles detêm o poder de definir os preços no mercado cambial.

Empresas e bancos comerciais

Empresas multinacionais como a Apple precisam fazer liquidação de comércio internacional. Por exemplo, ao comprar componentes eletrônicos do Japão, primeiro trocam dólares por ienes, depois pagam ao fornecedor japonês. Essas transações têm volume menor do que o mercado interbancário, então geralmente trabalham com bancos comerciais.

Bancos centrais e governos

Os bancos centrais (Federal Reserve, Banco Central Europeu, Banco da Inglaterra, etc.) e governos participam frequentemente do mercado cambial. Eles atuam por meio de operações de mercado, pagamentos de comércio internacional e gestão de reservas cambiais. Ainda mais interessante é que, ao ajustarem as taxas de juros para controlar a inflação, muitas vezes provocam reações em cadeia no mercado cambial. Às vezes, bancos centrais (como o Banco do Japão, um exemplo clássico) intervêm diretamente na taxa de câmbio, comprando ou vendendo grandes quantidades de uma moeda para alterar seu valor — embora essa prática não seja rotineira, tem grande impacto.

Especuladores

Esses compram uma moeda esperando vendê-la mais tarde por um preço mais alto. Como as taxas de câmbio estão sempre em movimento e ninguém consegue prever com exatidão, isso cria oportunidades de lucro para os traders.

A evolução do mercado cambial: de câmbio fixo a flutuante

Era do sistema de Bretton Woods (após a Segunda Guerra Mundial até 1971)

Após a Segunda Guerra Mundial, os principais países ocidentais perceberam a necessidade de um sistema econômico global estável, e assim firmaram o Acordo de Bretton Woods. Esse acordo estabelecia que o dólar estaria atrelado ao ouro, e outras moedas também seriam atreladas ao dólar, formando um sistema de câmbio fixo.

Porém, com o desenvolvimento desigual das principais economias mundiais, as contradições desse sistema se tornaram evidentes, levando ao seu fim.

Era do câmbio flutuante (1971 até hoje)

Em 1971, o acordo de Bretton Woods foi abandonado, dando lugar ao sistema de taxas de câmbio flutuantes. Desde então, as cotações são determinadas pela oferta e demanda de moedas no mercado, sem intervenção fixa de governos ou acordos internacionais.

No começo, foi um pouco caótico, mas com o avanço da tecnologia de computadores e melhorias na comunicação, o mercado encontrou seu equilíbrio. Especialmente após 1990, com a popularização da internet, os bancos começaram a criar plataformas eletrônicas de negociação, e alguns traders lançaram plataformas de negociação online voltadas para investidores de varejo — conhecidas como corretoras de câmbio de varejo, que reduziram bastante a barreira de entrada para o público comum.

Os dois principais tipos de corretoras cambiais

Modelo de market maker: eles definem os preços

Market makers decidem por si próprios os preços de compra e venda. Por exemplo, se você vai viajar para os EUA e precisa de dólares, vai trocar na sua agência bancária. O banco (como market maker) pode te oferecer: EUR/USD a 1.2000 de compra e 1.2002 de venda.

Essa diferença de 0.0002 é o lucro do market maker — chamado de ponto de spread. Parece pouco, mas considerando que diariamente há milhões de negociações cambiais globais, esse spread pode acumular lucros enormes.

A vantagem do market maker é que a liquidez costuma ser alta, e a execução das negociações é rápida; a desvantagem é que o spread costuma ser maior.

Corretoras ECN: mecanismo de correspondência transparente

ECN significa “Rede de Comunicação Eletrônica” (Electronic Communication Network), e seu funcionamento é completamente diferente. As corretoras ECN coletam as melhores cotações de compra e venda de várias instituições do mercado interbancário e automaticamente fazem a correspondência das ordens de compra e venda dos clientes.

Como os traders podem fornecer suas próprias cotações, as corretoras ECN geralmente cobram uma comissão menor e não lucram com o spread. O resultado é um custo de negociação mais baixo, mas o investidor precisa gerenciar suas negociações de forma mais proativa.

Comece sua jornada no mercado cambial

Agora você já entende o que é o mercado cambial, como funciona e quem são os participantes. O próximo passo é escolher uma corretora adequada, aprender sobre gestão de riscos e começar a praticar. O mercado cambial está em constante mudança, e aprender continuamente e se adaptar é a chave para o sucesso.

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