Por que o euro continua a cair? Sombra de tarifas e risco de quebra iminente
O movimento do euro face ao dólar tem sido um pouco difícil de prever recentemente. Em 26 de março, reportou-se 1.078, já em queda por seis dias consecutivos, aproximando-se do suporte crítico de 1.075. Uma vez rompido, o mercado pode cair para áreas mais profundas de 1.07 ou até 1.06.
**Fatores de curto prazo: gatilhos de mudança de sentimento**
As expectativas otimistas geradas pelas medidas de estímulo fiscal na Alemanha já se dissiparam, e o entusiasmo dos investidores também diminuiu. Ainda mais preocupante, a ameaça de tarifas voltou à tona — em 2 de abril, os EUA irão implementar tarifas "recíprocas", o que reacende a insegurança no mercado.
De acordo com avaliações do Banco Central Europeu, se os EUA aplicarem tarifas de 25% sobre produtos europeus, o crescimento econômico da zona do euro será reduzido em 0,3 pontos percentuais no primeiro ano. Parece pouco, mas esse impacto na confiança e na volatilidade cambial é significativo.
**Aspecto técnico: ponto de inflexão já atingido**
Nos gráficos, o euro face ao dólar já está próximo do limite do suporte. As próximas direções podem ser duas:
- Se romper 1.075, abrirá espaço para uma queda maior, com o próximo alvo em 1.07 e 1.06 - Se permanecer acima da média móvel de 21 dias, há potencial para uma recuperação e uma quebra de resistência
**Fundamentos: expectativas do banco central e movimentos tarifários como fatores-chave**
As expectativas de política do banco central estão mudando silenciosamente. A expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve neste ano caiu de 3 para 2 cortes, enquanto as expectativas de corte pelo Banco Central Europeu aumentaram. O membro do conselho do BCE, Villeroy de Galhau, revelou que a taxa de depósito de 2,5% pode cair para 2% até o final do verão. Dados indicam que o mercado já precificou totalmente um corte de juros em junho, com uma probabilidade de 65% para abril, e mais flexibilizações podem ocorrer entre setembro e dezembro.
Isso sugere que o ciclo de afrouxamento na Europa pode liderar o dos EUA, exercendo pressão de longo prazo sobre o euro.
Quanto às tarifas, elas representam uma variável. Se as tarifas recíprocas forem implementadas de forma mais agressiva do que o esperado, o euro será ainda mais pressionado. Por outro lado, se as negociações permitirem espaço para manobra e as tarifas forem menores do que o previsto, o euro pode até se valorizar.
**Recomendação operacional: cautela até 2 de abril**
A Morgan Stanley recomenda que os traders considerem fechar posições longas em euro e libra antes do anúncio do plano tarifário em 2 de abril, para evitar riscos potenciais. Afinal, a volatilidade de curto prazo causada pela incerteza costuma ser mais prejudicial do que a própria tendência.
Resumindo, a razão pela qual o euro continua a cair se resume às expectativas de tarifas e às políticas do banco central. A questão central é se o euro conseguirá se manter acima de 1.075, que será o foco principal nas próximas sessões.
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Por que o euro continua a cair? Sombra de tarifas e risco de quebra iminente
O movimento do euro face ao dólar tem sido um pouco difícil de prever recentemente. Em 26 de março, reportou-se 1.078, já em queda por seis dias consecutivos, aproximando-se do suporte crítico de 1.075. Uma vez rompido, o mercado pode cair para áreas mais profundas de 1.07 ou até 1.06.
**Fatores de curto prazo: gatilhos de mudança de sentimento**
As expectativas otimistas geradas pelas medidas de estímulo fiscal na Alemanha já se dissiparam, e o entusiasmo dos investidores também diminuiu. Ainda mais preocupante, a ameaça de tarifas voltou à tona — em 2 de abril, os EUA irão implementar tarifas "recíprocas", o que reacende a insegurança no mercado.
De acordo com avaliações do Banco Central Europeu, se os EUA aplicarem tarifas de 25% sobre produtos europeus, o crescimento econômico da zona do euro será reduzido em 0,3 pontos percentuais no primeiro ano. Parece pouco, mas esse impacto na confiança e na volatilidade cambial é significativo.
**Aspecto técnico: ponto de inflexão já atingido**
Nos gráficos, o euro face ao dólar já está próximo do limite do suporte. As próximas direções podem ser duas:
- Se romper 1.075, abrirá espaço para uma queda maior, com o próximo alvo em 1.07 e 1.06
- Se permanecer acima da média móvel de 21 dias, há potencial para uma recuperação e uma quebra de resistência
**Fundamentos: expectativas do banco central e movimentos tarifários como fatores-chave**
As expectativas de política do banco central estão mudando silenciosamente. A expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve neste ano caiu de 3 para 2 cortes, enquanto as expectativas de corte pelo Banco Central Europeu aumentaram. O membro do conselho do BCE, Villeroy de Galhau, revelou que a taxa de depósito de 2,5% pode cair para 2% até o final do verão. Dados indicam que o mercado já precificou totalmente um corte de juros em junho, com uma probabilidade de 65% para abril, e mais flexibilizações podem ocorrer entre setembro e dezembro.
Isso sugere que o ciclo de afrouxamento na Europa pode liderar o dos EUA, exercendo pressão de longo prazo sobre o euro.
Quanto às tarifas, elas representam uma variável. Se as tarifas recíprocas forem implementadas de forma mais agressiva do que o esperado, o euro será ainda mais pressionado. Por outro lado, se as negociações permitirem espaço para manobra e as tarifas forem menores do que o previsto, o euro pode até se valorizar.
**Recomendação operacional: cautela até 2 de abril**
A Morgan Stanley recomenda que os traders considerem fechar posições longas em euro e libra antes do anúncio do plano tarifário em 2 de abril, para evitar riscos potenciais. Afinal, a volatilidade de curto prazo causada pela incerteza costuma ser mais prejudicial do que a própria tendência.
Resumindo, a razão pela qual o euro continua a cair se resume às expectativas de tarifas e às políticas do banco central. A questão central é se o euro conseguirá se manter acima de 1.075, que será o foco principal nas próximas sessões.