A situação Rússia-Ucrânia pode mudar, o fornecimento fora da OPEC continua a entrar em massa, a procura global está fraca — estas três forças estão a moldar o futuro do petróleo. Neste contexto, a OPEC+ decidiu fazer ajustes importantes.
OPEC+ envia sinal-chave: plano de aumento de produção em risco
Em 30 de novembro, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) realizará uma reunião importante. Segundo fontes do setor, devido a sinais de excesso de oferta de petróleo bruto a nível mundial, a Arábia Saudita e seus países aliados decidiram ajustar o ritmo de aumento de produção no primeiro trimestre de 2026, adiando temporariamente o plano de expansão de produção inicialmente previsto.
Esta decisão reflete a grande pressão do mercado. Até 28 de novembro, o preço do petróleo WTI era de 59,08 dólares por barril (estável), e o do petróleo Brent era de 63,02 dólares por barril (com leve alta de 0,14%). Apesar de sinais recentes de recuperação, os preços do petróleo continuam em queda pelo quarto mês consecutivo. Desde o início de 2025, o WTI caiu 18% e o Brent caiu 17%. Esta tendência de fraqueza contínua força a OPEC+ a reconsiderar os planos de capacidade.
Mudanças geopolíticas e excesso de oferta criam dupla pressão
O fator-chave que impulsiona o futuro do petróleo também está na geopolítica. O presidente dos EUA, Trump, está a promover negociações de paz na Ucrânia; se um acordo for alcançado, o fornecimento de petróleo russo poderá gradualmente retornar ao mercado internacional, agravando ainda mais o excesso de oferta global de petróleo.
Além da potencial liberação de oferta da Rússia, a produção forte de outras regiões também continua a aumentar. Isso torna difícil para a OPEC+ sustentar os preços do petróleo mesmo com ações de redução de produção.
Previsões de instituições de autoridade: futuro do petróleo permanece sombrio
Vários dos principais bancos de investimento globais têm previsões conservadoras para o futuro do petróleo.
A Goldman Sachs aponta que, assumindo que a geopolítica permaneça como está, devido à forte oferta de regiões fora da Rússia, os preços do Brent e do WTI em 2026 podem cair para 56 dólares por barril e 52 dólares por barril, respetivamente. Se a Rússia e a Ucrânia chegarem a um acordo de paz e os EUA removerem as sanções à Rússia, os preços do Brent e do WTI podem cair mais 4-5 dólares por barril, levando o preço médio do Brent em 2026 para cerca de 51-52 dólares por barril.
A perspectiva do JPMorgan é ainda mais pessimista. O banco acredita que, com o impacto de excesso severo de oferta, o Brent pode cair abaixo de 50 dólares no quarto trimestre de 2026, e após 2027, pode atingir a faixa de 30-40 dólares.
Em resumo, embora a OPEC+ tenha decidido ajustar o plano de aumento de produção, as tendências futuras do petróleo ainda enfrentam múltiplos fatores negativos, como a suavização da geopolítica e a oferta global fora da OPEC suficiente. Este inverno do mercado petrolífero pode estar apenas a começar.
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O mercado de petróleo entra numa era glacial? A OPEC+ adia o aumento da produção, o futuro do petróleo enfrenta múltiplos desafios
A situação Rússia-Ucrânia pode mudar, o fornecimento fora da OPEC continua a entrar em massa, a procura global está fraca — estas três forças estão a moldar o futuro do petróleo. Neste contexto, a OPEC+ decidiu fazer ajustes importantes.
OPEC+ envia sinal-chave: plano de aumento de produção em risco
Em 30 de novembro, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) realizará uma reunião importante. Segundo fontes do setor, devido a sinais de excesso de oferta de petróleo bruto a nível mundial, a Arábia Saudita e seus países aliados decidiram ajustar o ritmo de aumento de produção no primeiro trimestre de 2026, adiando temporariamente o plano de expansão de produção inicialmente previsto.
Esta decisão reflete a grande pressão do mercado. Até 28 de novembro, o preço do petróleo WTI era de 59,08 dólares por barril (estável), e o do petróleo Brent era de 63,02 dólares por barril (com leve alta de 0,14%). Apesar de sinais recentes de recuperação, os preços do petróleo continuam em queda pelo quarto mês consecutivo. Desde o início de 2025, o WTI caiu 18% e o Brent caiu 17%. Esta tendência de fraqueza contínua força a OPEC+ a reconsiderar os planos de capacidade.
Mudanças geopolíticas e excesso de oferta criam dupla pressão
O fator-chave que impulsiona o futuro do petróleo também está na geopolítica. O presidente dos EUA, Trump, está a promover negociações de paz na Ucrânia; se um acordo for alcançado, o fornecimento de petróleo russo poderá gradualmente retornar ao mercado internacional, agravando ainda mais o excesso de oferta global de petróleo.
Além da potencial liberação de oferta da Rússia, a produção forte de outras regiões também continua a aumentar. Isso torna difícil para a OPEC+ sustentar os preços do petróleo mesmo com ações de redução de produção.
Previsões de instituições de autoridade: futuro do petróleo permanece sombrio
Vários dos principais bancos de investimento globais têm previsões conservadoras para o futuro do petróleo.
A Goldman Sachs aponta que, assumindo que a geopolítica permaneça como está, devido à forte oferta de regiões fora da Rússia, os preços do Brent e do WTI em 2026 podem cair para 56 dólares por barril e 52 dólares por barril, respetivamente. Se a Rússia e a Ucrânia chegarem a um acordo de paz e os EUA removerem as sanções à Rússia, os preços do Brent e do WTI podem cair mais 4-5 dólares por barril, levando o preço médio do Brent em 2026 para cerca de 51-52 dólares por barril.
A perspectiva do JPMorgan é ainda mais pessimista. O banco acredita que, com o impacto de excesso severo de oferta, o Brent pode cair abaixo de 50 dólares no quarto trimestre de 2026, e após 2027, pode atingir a faixa de 30-40 dólares.
Em resumo, embora a OPEC+ tenha decidido ajustar o plano de aumento de produção, as tendências futuras do petróleo ainda enfrentam múltiplos fatores negativos, como a suavização da geopolítica e a oferta global fora da OPEC suficiente. Este inverno do mercado petrolífero pode estar apenas a começar.