Não percas este grande evento de encerramento do ano — na próxima quinta-feira (12 de dezembro) às 3h da manhã, a Reserva Federal dos EUA vai anunciar o último resultado de política de taxas de juro de 2025. Esta reunião é fora do comum: entre os 12 membros votantes, há 5 votos contra e outros 3 expressaram claramente apoio ao corte das taxas de juro — um nível de divisão que não se via desde 2019.

Toma nota dos momentos-chave: às 3h é anunciado o comunicado sobre as taxas e o resumo das previsões económicas; meia hora depois, Powell dá a conferência de imprensa. Mas atenção: nesse dia os principais mercados mundiais vão estar todos fechados — bolsas dos EUA, Europa, Coreia do Sul e Austrália paradas, e também os mercados futuros de metais preciosos, petróleo, forex e índices da CME suspensos. Num ambiente de liquidez tão reduzida, o mercado cripto pode seguir para um de dois extremos: ou a volatilidade dispara, ou fica lateral à espera de um sinal.

A ferramenta FedWatch da CME indica uma probabilidade de 84% para um corte de 25 pontos base. Parece seguro, mas há três armadilhas escondidas:

**Divisão recorde nas votações** Cinco votos contra mostram uma força hawkish significativa. Mesmo que haja corte, a declaração dificilmente será dovish e pode até trazer avisos "preventivos".

**A surpresa nas expectativas é o verdadeiro risco** O mercado não está a negociar se há corte ou não, mas sim quantos cortes virão a seguir. Se Powell insinuar apenas um corte em 2025, enquanto os traders apostam em três, este desalinhamento pode desencadear movimentos bruscos.

**O ciclo “comprar no rumor, vender no facto” pode repetir-se** 84% de probabilidade não é nada baixo, e o mercado cripto provavelmente já antecipou o movimento positivo. Quando a decisão sair de facto, não é improvável que haja vendas para realização de lucros.

Além do “prato principal” da Fed, há outros eventos a acompanhar: na terça-feira, decisão de taxas e discurso do presidente do banco central australiano para aquecer o sentimento de mercado; na quarta, índice de custos laborais dos EUA e decisão do banco central canadiano, ambos importantes para a inflação e o ritmo global de política monetária; na sexta, divulgação dos dados financeiros das famílias norte-americanas, e discursos de três membros com direito a voto em 2026, que podem dar sinais sobre as políticas do próximo ano.

Este evento não é só sobre como posicionar a carteira no final do ano — é também a antecâmara para definir o rumo de 2026. Põe o despertador, não adormeças!