Nestes últimos anos, o DeFi tem sido como uma oficina de inovação louca, com novas abordagens a surgir constantemente. Mas, para ser sincero, a maioria dos produtos partilha um problema comum: nunca consegues perceber exatamente o que está a acontecer ao teu dinheiro. Quanto mais complexa a estratégia, maior a opacidade.
Recentemente, reparei no protocolo Lorenzo, que faz algo aparentemente muito “tradicional”, mas que acerta precisamente no ponto fraco — transforma estratégias on-chain em produtos visíveis e tangíveis. Chamam-lhe OTF (Fundo de Negociação On-chain). Podes entendê-lo como: por trás de cada token está uma estratégia completa.
Por exemplo, existe um OTF dedicado a captar lucros com a volatilidade do mercado, e outros que desenham curvas de rendimento fixo. O que compras não é um conjunto de chamadas de contrato incompreensíveis, mas sim um produto financeiro com lógica clara. Como se gera o rendimento? Onde está o risco? Tudo à vista.
Em termos técnicos, utiliza uma “arquitectura de cofres” em camadas. Estratégias simples usam um cofre único, de comportamento fixo e transparente. Mais complexas? Combinas vários cofres simples, como peças de lego. O essencial é que a contribuição de cada camada é rastreável, não se torna um enigma.
Ainda mais interessante é o desenho da governação. O token BANK tem limites propositados ao seu poder — os detentores influenciam a direção do protocolo, mas não interferem na execução das estratégias. Este design é bastante contido, evitando os problemas que muitos projetos enfrentam de “governação é controlo”.
No fim de contas, para o DeFi realmente chegar ao grande público, não basta impressionar com tecnologia; tem de ser compreensível e merecer confiança. Tornar o complexo simples pode ser a inovação mais difícil de todas.
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CounterIndicator
· 15h atrás
Finalmente alguém disse a verdade: o DeFi nestes últimos anos tem sido apenas uma pilha de truques e artimanhas. Quem raio percebe o que se passa com essa magia toda on-chain? Concordo bastante com a abordagem do Lorenzo: ele desmonta e simplifica a complexidade para que as pessoas comuns consigam perceber. Isto sim, é que é ter verdadeira competência.
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BearMarketSurvivor
· 15h atrás
É mais uma daquelas conversas do "somos mais transparentes", já estou um bocado farto de ouvir isso, mas a lógica das camadas do cofre do Lorenzo é de facto bem mais sensata do que aquelas estratégias emaranhadas anteriores. Só não sei se, na prática, a coisa vai funcionar assim tão bem.
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GasFeeCrybaby
· 15h atrás
Há caixas negras a mais, esta abordagem do Lorenzo é realmente agradável, finalmente alguém se lembrou que é preciso fazer com que os pequenos investidores percebam.
Nestes últimos anos, o DeFi tem sido como uma oficina de inovação louca, com novas abordagens a surgir constantemente. Mas, para ser sincero, a maioria dos produtos partilha um problema comum: nunca consegues perceber exatamente o que está a acontecer ao teu dinheiro. Quanto mais complexa a estratégia, maior a opacidade.
Recentemente, reparei no protocolo Lorenzo, que faz algo aparentemente muito “tradicional”, mas que acerta precisamente no ponto fraco — transforma estratégias on-chain em produtos visíveis e tangíveis. Chamam-lhe OTF (Fundo de Negociação On-chain). Podes entendê-lo como: por trás de cada token está uma estratégia completa.
Por exemplo, existe um OTF dedicado a captar lucros com a volatilidade do mercado, e outros que desenham curvas de rendimento fixo. O que compras não é um conjunto de chamadas de contrato incompreensíveis, mas sim um produto financeiro com lógica clara. Como se gera o rendimento? Onde está o risco? Tudo à vista.
Em termos técnicos, utiliza uma “arquitectura de cofres” em camadas. Estratégias simples usam um cofre único, de comportamento fixo e transparente. Mais complexas? Combinas vários cofres simples, como peças de lego. O essencial é que a contribuição de cada camada é rastreável, não se torna um enigma.
Ainda mais interessante é o desenho da governação. O token BANK tem limites propositados ao seu poder — os detentores influenciam a direção do protocolo, mas não interferem na execução das estratégias. Este design é bastante contido, evitando os problemas que muitos projetos enfrentam de “governação é controlo”.
No fim de contas, para o DeFi realmente chegar ao grande público, não basta impressionar com tecnologia; tem de ser compreensível e merecer confiança. Tornar o complexo simples pode ser a inovação mais difícil de todas.