Perspectivas animadas para as ações aéreas em 2025: cinco ações aéreas de alta qualidade que merecem atenção. Quem é mais vantajoso: Evergreen, Delta ou Ryanair?
Indústria da aviação em recuperação: por que investir agora em ações de aviação?
Após sofrer perdas de 1400 bilhões de dólares durante a pandemia, a indústria aérea global começou a virar a página em 2023, entrando num ciclo de recuperação de lucros. Segundo previsão da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), em 2025 o número de passageiros aéreos globais deverá ultrapassar pela primeira vez os níveis pré-pandemia, e até 2040 a demanda por viagens aéreas deve dobrar, passando de 4 bilhões para 8 bilhões de passageiros, com uma taxa de crescimento anual de 3,4%.
Isso não só atraiu o interesse de investidores tradicionais, como até mesmo Warren Buffett, que sempre foi cauteloso, mudou de posição. A Berkshire Hathaway tem aumentado suas posições nas três maiores companhias aéreas dos EUA (Delta, United e American Airlines), e as principais instituições de Wall Street também estão otimistas. A Morgan Stanley elevou a American Airlines de “neutra” para “sobreponderar”, prevendo uma valorização superior a 35%.
Por que as ações de aviação são vistas com otimismo? Três principais motivações
1. Recuperação econômica impulsiona a retomada da demanda por viagens
O crescimento econômico global afeta diretamente a renda disponível e os gastos com turismo. Na era pós-pandemia, a disposição dos consumidores para viajar aumentou, viagens de negócios estão se recuperando, e a estrutura de receita das companhias aéreas está melhorando.
2. Ambiente de preços baixos do petróleo reduz custos operacionais
O combustível é o maior custo das companhias aéreas. Atualmente, o preço internacional do petróleo está relativamente moderado, oferecendo uma oportunidade de lucro para o setor. Dados históricos mostram que, quando o preço do petróleo cai, as companhias aéreas tendem a reduzir tarifas para estimular o fluxo de passageiros, aumentando assim suas receitas.
3. Custos de financiamento elevados elevam a qualidade dos lucros das empresas
Embora as taxas de juros elevem o custo de empréstimos para as companhias aéreas, isso também as incentiva a melhorar sua eficiência operacional e controle de custos, fortalecendo sua saúde financeira e destacando as líderes do setor.
Como as ações de aviação são classificadas? Estatais vs. privadas, cada uma com suas vantagens
Ações de companhias aéreas estatais: controladas ou dirigidas pelo governo, com estrutura interna estável, riscos relativamente controlados, ideais para investidores que buscam estabilidade de retorno. Exemplos incluem EVA Air, China Eastern, China Southern, além de companhias de Hong Kong.
Ações de companhias aéreas privadas: operadas por capitais privados, com maior frequência de mudanças acionárias, mas geralmente mais ágeis na resposta ao mercado. Exemplos nos EUA: Southwest, United, e na China: Spring Airlines, Juneyao Airlines.
Quatro fatores-chave que influenciam o preço das ações de aviação
Ciclo econômico global é a variável principal. Em recessões, consumidores reduzem gastos não essenciais, afetando viagens aéreas; em períodos de prosperidade, aumento na renda disponível impulsiona o turismo.
Tendência do preço internacional do petróleo afeta diretamente os custos unitários das companhias. Quando o petróleo sobe, as empresas precisam elevar tarifas para cobrir custos, podendo perder passageiros; quando cai, há benefícios para empresas e consumidores.
Variações nas taxas de juros impactam o custo de financiamento. Juros altos tornam empréstimos mais caros, limitando expansão de frota; juros baixos estimulam investimentos e crescimento.
Estrutura de concorrência e custos trabalhistas também são cruciais. Aumento da competição, greves ou escassez de pilotos ameaçam margens de lucro, obrigando as companhias a buscar continuamente formas de reduzir custos e aumentar receitas.
Líderes do mercado de ações aéreas nos EUA: três opções que merecem atenção
Delta Air Lines (DAL) — vantagem clara na proporção de viajantes de negócios
Fundamentos: com sede em Atlanta, fundada em 1924, mais de um século de história, com uma rede que cobre mais de 1000 destinos em seis continentes. Destaca-se na segmentação de viajantes de negócios e rotas internacionais, além de possuir refinarias próprias para hedge de combustível, o que lhe confere controle de custos superior.
Desempenho das ações: em 13 de novembro de 2025, cotada a aproximadamente 60,48 dólares, com valor de mercado de 39,49 bilhões de dólares. Alta de 69,51% no ano até agora, apesar de uma queda de 3,86% no último mês, a tendência geral é de alta. Morgan Stanley a considera uma das principais escolhas.
Características de investimento: ideal para investidores que toleram oscilações moderadas e acreditam na recuperação econômica, sustentada principalmente pela retomada de viagens de negócios.
Copa Airlines — maior potencial de crescimento na América Latina
Fundamentos: líder na região, operando sob as marcas Copa Airlines e AeroRepública, com hub em Cidade do Panamá. Com a urbanização acelerada na América Latina e aumento da renda disponível, o cenário para viagens regionais é promissor.
Destaques de desempenho: no segundo trimestre de 2025, lucro líquido de 149 milhões de dólares, crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior; lucro por ação de 3,61 dólares; caixa e investimentos totalizando 1,4 bilhão de dólares, representando 39% da receita dos últimos 12 meses. Eficiência operacional também impressiona — taxa de pontualidade de 91,5%, taxa de cumprimento de voos de 99,8%, e custos operacionais por unidade caíram 4,6% para 8,5 centavos de dólar. Reconhecida por dez anos consecutivos como a melhor companhia aérea da América Central e Caribe pelo Skytrax.
Desempenho de mercado: cotada a 523 dólares em 13 de novembro, com valor de mercado de 5,23 bilhões de dólares, alta de 4,28% no último mês.
Razões para investir: beneficiada pelo crescimento de mercados emergentes, forte resiliência financeira e alta capacidade de resistir a riscos.
Ryanair (RYAAY) — líder europeu de baixo custo em expansão contínua
Fundamentos: maior grupo de baixo custo do mundo, com sede na Irlanda, operando marcas como Ryanair e Buzz. Desde sua fundação em 1985, é reconhecida por tarifas baixas e alta eficiência operacional, com frota de mais de 640 aeronaves, operando cerca de 3600 voos diários e transportando 207 milhões de passageiros por ano.
Estratégia de expansão: encomenda de 300 novos Boeing 737, com previsão de atingir 300 milhões de passageiros anuais até 2034. No inverno de 2025, adicionará 3 aeronaves em Milão (investimento de 3,1 bilhões de dólares), abrirá 5 novas rotas e aumentará a frequência de 40 rotas populares, prevendo crescimento de 4% no transporte anual de passageiros, atingindo 19 milhões.
Desempenho das ações: fechou a 64,61 dólares em 13 de novembro, com valor de mercado de 34,317 bilhões de dólares, alta de 43,91% no último mês. Apesar de uma queda de 0,49% no dia, os fundamentos permanecem sólidos.
Lógica de investimento: recuperação econômica na Europa impulsiona a demanda por viagens, e o modelo de baixo custo oferece forte resistência ao ciclo econômico.
Ações de aviação na bolsa de Taiwan: três exemplos com características distintas
EVA Air (2618) — líder com certificação de cinco estrelas, avanço consistente
A EVA Air é uma das principais companhias aéreas de Taiwan, fundada em 1989. Possui certificação de cinco estrelas pela Skytrax, com uma frota que inclui Boeing 787 Dreamliner e A350, atendendo mais de 60 destinos internacionais. Oferece serviços de alta qualidade em múltiplas categorias.
Desempenho operacional: no terceiro trimestre de 2025, taxa de ocupação de 92,5%, com 93,5% nas rotas domésticas e aumento de 28% na ASK (assentos-quilômetros disponíveis). Novas rotas, como Kaohsiung-Osaka, estão sendo reforçadas, e o Boeing 787 já opera na rota Brisbane, com planos de expansão para Vancouver.
Desempenho de mercado: cotada a 37,2 dólares taiwaneses em 13 de novembro, com valor de mercado de 186 bilhões de dólares taiwaneses. Expectativa de atingir 37,84 dólares ao longo do ano.
( China Airlines — tradicional líder com operação de passageiros e carga
Mais antiga companhia aérea de Taiwan, fundada em 1959, integrante da Star Alliance. Opera com as marcas China Airlines e Mandarin Airlines, oferecendo uma combinação de serviço completo e baixo custo. Frota de 83 aeronaves (65 de passageiros e 18 de carga), com mais de 1400 voos semanais.
Desempenho: no terceiro trimestre de 2025, taxa de ocupação de 86,9%, aumento de 4,4 pontos percentuais em relação a 2019; crescimento de 13% na capacidade de rotas internacionais. Cotada a 28,6 dólares taiwaneses em 13 de novembro, com valor de mercado de 162 bilhões de dólares taiwaneses.
) Starlux Airlines — nova companhia de serviço completo com crescimento acelerado
Fundada em 2020, rapidamente expandiu rotas na Ásia e América do Norte.
Dados impressionantes: no terceiro trimestre de 2025, taxa de ocupação de 85,9%, rotas domésticas com 86,3%, crescimento de 10% na capacidade internacional. Nova rota Taipei-California (Ontario) já com 80% de reservas. Na Paris Air Show, encomendou 10 Airbus A350-1000, planejando novas rotas e expansão de destinos. Em abril, inaugurou a rota Taichung-Kobe, fortalecendo a rede na Ásia Nordeste.
Desempenho das ações: cotada a 42,8 dólares taiwaneses em 13 de novembro, valor de mercado superior a 95 bilhões de dólares taiwaneses, com alta de aproximadamente 18% desde o início do ano, sendo uma das ações de crescimento do setor aéreo.
Desafios e oportunidades na perspectiva das ações de aviação
Dificuldade em eliminar totalmente os custos estruturais
Combustível, mão de obra e manutenção da frota representam os principais custos. Quando o petróleo sobe ou há escassez de pessoal, os lucros das companhias aéreas ficam pressionados. Essa é a natureza cíclica do setor.
Endividamento elevado e altos investimentos testam a resiliência financeira
A maioria das companhias possui alto endividamento, e uma reversão de ciclo ou aumento de juros pode agravar a situação financeira. Durante a pandemia, muitas tiveram que emitir novas ações, diluindo participações.
Risco de eventos imprevistos (black swan)
Crises geopolíticas, condições climáticas extremas, problemas de controle de espaço aéreo podem ocorrer de forma imprevisível, causando redução de voos, queda no número de passageiros e forte volatilidade nas ações.
Por outro lado, esses desafios também filtram os verdadeiros vencedores. Empresas sólidas, com caixa forte e alta eficiência operacional, tendem a obter retornos superiores na recuperação do ciclo.
Recomendações práticas para investir em ações de aviação
Aproveite o ciclo econômico
Ações de aviação são cíclicas. Os melhores momentos de compra geralmente ocorrem na fase intermediária do ciclo, quando os lucros começam a melhorar e o mercado ainda não refletiu totalmente essa recuperação.
Diversifique geograficamente
Distribuir investimentos entre diferentes regiões reduz riscos específicos de mercado. A combinação de líderes nos EUA, Taiwan e Hong Kong ajuda a equilibrar risco e retorno.
Priorize companhias com forte fluxo de caixa
Setor altamente capitalizado, requer liquidez suficiente para suportar períodos de baixa. Focar em empresas com baixo endividamento, boas reservas de caixa e fluxo operacional forte é fundamental.
Observe a receita não proveniente de passagens
Hoje, as receitas de companhias aéreas não dependem apenas de bilhetes. Serviços como bagagem, upgrades, programas de fidelidade, cargas e cartões de crédito co-branded estão se tornando fontes principais de lucro, fortalecendo a resistência em períodos de baixa.
Resumo do cenário das ações de aviação: vale a pena investir em 2025-2026?
A resposta é condicional. O número de passageiros aéreos deve superar os níveis pré-pandemia, viagens de negócios estão se recuperando, mercados emergentes apresentam potencial de crescimento, e o preço do petróleo permanece relativamente moderado, indicando uma tendência de alta. Contudo, é importante reconhecer que o setor é cíclico e volátil.
Para investidores com tolerância a riscos moderados e visão otimista sobre a economia, este momento pode ser uma janela adequada para posicionar-se em ações de aviação. O segredo está em escolher empresas com fundamentos sólidos, alta eficiência operacional e fluxo de caixa estável, além de diversificar entre regiões e modelos de negócio (full service vs. low cost) para equilibrar riscos. A longo prazo, o potencial de crescimento do setor aéreo ainda é promissor.
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Perspectivas animadas para as ações aéreas em 2025: cinco ações aéreas de alta qualidade que merecem atenção. Quem é mais vantajoso: Evergreen, Delta ou Ryanair?
Indústria da aviação em recuperação: por que investir agora em ações de aviação?
Após sofrer perdas de 1400 bilhões de dólares durante a pandemia, a indústria aérea global começou a virar a página em 2023, entrando num ciclo de recuperação de lucros. Segundo previsão da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), em 2025 o número de passageiros aéreos globais deverá ultrapassar pela primeira vez os níveis pré-pandemia, e até 2040 a demanda por viagens aéreas deve dobrar, passando de 4 bilhões para 8 bilhões de passageiros, com uma taxa de crescimento anual de 3,4%.
Isso não só atraiu o interesse de investidores tradicionais, como até mesmo Warren Buffett, que sempre foi cauteloso, mudou de posição. A Berkshire Hathaway tem aumentado suas posições nas três maiores companhias aéreas dos EUA (Delta, United e American Airlines), e as principais instituições de Wall Street também estão otimistas. A Morgan Stanley elevou a American Airlines de “neutra” para “sobreponderar”, prevendo uma valorização superior a 35%.
Por que as ações de aviação são vistas com otimismo? Três principais motivações
1. Recuperação econômica impulsiona a retomada da demanda por viagens
O crescimento econômico global afeta diretamente a renda disponível e os gastos com turismo. Na era pós-pandemia, a disposição dos consumidores para viajar aumentou, viagens de negócios estão se recuperando, e a estrutura de receita das companhias aéreas está melhorando.
2. Ambiente de preços baixos do petróleo reduz custos operacionais
O combustível é o maior custo das companhias aéreas. Atualmente, o preço internacional do petróleo está relativamente moderado, oferecendo uma oportunidade de lucro para o setor. Dados históricos mostram que, quando o preço do petróleo cai, as companhias aéreas tendem a reduzir tarifas para estimular o fluxo de passageiros, aumentando assim suas receitas.
3. Custos de financiamento elevados elevam a qualidade dos lucros das empresas
Embora as taxas de juros elevem o custo de empréstimos para as companhias aéreas, isso também as incentiva a melhorar sua eficiência operacional e controle de custos, fortalecendo sua saúde financeira e destacando as líderes do setor.
Como as ações de aviação são classificadas? Estatais vs. privadas, cada uma com suas vantagens
Ações de companhias aéreas estatais: controladas ou dirigidas pelo governo, com estrutura interna estável, riscos relativamente controlados, ideais para investidores que buscam estabilidade de retorno. Exemplos incluem EVA Air, China Eastern, China Southern, além de companhias de Hong Kong.
Ações de companhias aéreas privadas: operadas por capitais privados, com maior frequência de mudanças acionárias, mas geralmente mais ágeis na resposta ao mercado. Exemplos nos EUA: Southwest, United, e na China: Spring Airlines, Juneyao Airlines.
Quatro fatores-chave que influenciam o preço das ações de aviação
Ciclo econômico global é a variável principal. Em recessões, consumidores reduzem gastos não essenciais, afetando viagens aéreas; em períodos de prosperidade, aumento na renda disponível impulsiona o turismo.
Tendência do preço internacional do petróleo afeta diretamente os custos unitários das companhias. Quando o petróleo sobe, as empresas precisam elevar tarifas para cobrir custos, podendo perder passageiros; quando cai, há benefícios para empresas e consumidores.
Variações nas taxas de juros impactam o custo de financiamento. Juros altos tornam empréstimos mais caros, limitando expansão de frota; juros baixos estimulam investimentos e crescimento.
Estrutura de concorrência e custos trabalhistas também são cruciais. Aumento da competição, greves ou escassez de pilotos ameaçam margens de lucro, obrigando as companhias a buscar continuamente formas de reduzir custos e aumentar receitas.
Líderes do mercado de ações aéreas nos EUA: três opções que merecem atenção
Delta Air Lines (DAL) — vantagem clara na proporção de viajantes de negócios
Fundamentos: com sede em Atlanta, fundada em 1924, mais de um século de história, com uma rede que cobre mais de 1000 destinos em seis continentes. Destaca-se na segmentação de viajantes de negócios e rotas internacionais, além de possuir refinarias próprias para hedge de combustível, o que lhe confere controle de custos superior.
Desempenho das ações: em 13 de novembro de 2025, cotada a aproximadamente 60,48 dólares, com valor de mercado de 39,49 bilhões de dólares. Alta de 69,51% no ano até agora, apesar de uma queda de 3,86% no último mês, a tendência geral é de alta. Morgan Stanley a considera uma das principais escolhas.
Características de investimento: ideal para investidores que toleram oscilações moderadas e acreditam na recuperação econômica, sustentada principalmente pela retomada de viagens de negócios.
Copa Airlines — maior potencial de crescimento na América Latina
Fundamentos: líder na região, operando sob as marcas Copa Airlines e AeroRepública, com hub em Cidade do Panamá. Com a urbanização acelerada na América Latina e aumento da renda disponível, o cenário para viagens regionais é promissor.
Destaques de desempenho: no segundo trimestre de 2025, lucro líquido de 149 milhões de dólares, crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior; lucro por ação de 3,61 dólares; caixa e investimentos totalizando 1,4 bilhão de dólares, representando 39% da receita dos últimos 12 meses. Eficiência operacional também impressiona — taxa de pontualidade de 91,5%, taxa de cumprimento de voos de 99,8%, e custos operacionais por unidade caíram 4,6% para 8,5 centavos de dólar. Reconhecida por dez anos consecutivos como a melhor companhia aérea da América Central e Caribe pelo Skytrax.
Desempenho de mercado: cotada a 523 dólares em 13 de novembro, com valor de mercado de 5,23 bilhões de dólares, alta de 4,28% no último mês.
Razões para investir: beneficiada pelo crescimento de mercados emergentes, forte resiliência financeira e alta capacidade de resistir a riscos.
Ryanair (RYAAY) — líder europeu de baixo custo em expansão contínua
Fundamentos: maior grupo de baixo custo do mundo, com sede na Irlanda, operando marcas como Ryanair e Buzz. Desde sua fundação em 1985, é reconhecida por tarifas baixas e alta eficiência operacional, com frota de mais de 640 aeronaves, operando cerca de 3600 voos diários e transportando 207 milhões de passageiros por ano.
Estratégia de expansão: encomenda de 300 novos Boeing 737, com previsão de atingir 300 milhões de passageiros anuais até 2034. No inverno de 2025, adicionará 3 aeronaves em Milão (investimento de 3,1 bilhões de dólares), abrirá 5 novas rotas e aumentará a frequência de 40 rotas populares, prevendo crescimento de 4% no transporte anual de passageiros, atingindo 19 milhões.
Desempenho das ações: fechou a 64,61 dólares em 13 de novembro, com valor de mercado de 34,317 bilhões de dólares, alta de 43,91% no último mês. Apesar de uma queda de 0,49% no dia, os fundamentos permanecem sólidos.
Lógica de investimento: recuperação econômica na Europa impulsiona a demanda por viagens, e o modelo de baixo custo oferece forte resistência ao ciclo econômico.
Ações de aviação na bolsa de Taiwan: três exemplos com características distintas
EVA Air (2618) — líder com certificação de cinco estrelas, avanço consistente
A EVA Air é uma das principais companhias aéreas de Taiwan, fundada em 1989. Possui certificação de cinco estrelas pela Skytrax, com uma frota que inclui Boeing 787 Dreamliner e A350, atendendo mais de 60 destinos internacionais. Oferece serviços de alta qualidade em múltiplas categorias.
Desempenho operacional: no terceiro trimestre de 2025, taxa de ocupação de 92,5%, com 93,5% nas rotas domésticas e aumento de 28% na ASK (assentos-quilômetros disponíveis). Novas rotas, como Kaohsiung-Osaka, estão sendo reforçadas, e o Boeing 787 já opera na rota Brisbane, com planos de expansão para Vancouver.
Desempenho de mercado: cotada a 37,2 dólares taiwaneses em 13 de novembro, com valor de mercado de 186 bilhões de dólares taiwaneses. Expectativa de atingir 37,84 dólares ao longo do ano.
( China Airlines — tradicional líder com operação de passageiros e carga
Mais antiga companhia aérea de Taiwan, fundada em 1959, integrante da Star Alliance. Opera com as marcas China Airlines e Mandarin Airlines, oferecendo uma combinação de serviço completo e baixo custo. Frota de 83 aeronaves (65 de passageiros e 18 de carga), com mais de 1400 voos semanais.
Desempenho: no terceiro trimestre de 2025, taxa de ocupação de 86,9%, aumento de 4,4 pontos percentuais em relação a 2019; crescimento de 13% na capacidade de rotas internacionais. Cotada a 28,6 dólares taiwaneses em 13 de novembro, com valor de mercado de 162 bilhões de dólares taiwaneses.
) Starlux Airlines — nova companhia de serviço completo com crescimento acelerado
Fundada em 2020, rapidamente expandiu rotas na Ásia e América do Norte.
Dados impressionantes: no terceiro trimestre de 2025, taxa de ocupação de 85,9%, rotas domésticas com 86,3%, crescimento de 10% na capacidade internacional. Nova rota Taipei-California (Ontario) já com 80% de reservas. Na Paris Air Show, encomendou 10 Airbus A350-1000, planejando novas rotas e expansão de destinos. Em abril, inaugurou a rota Taichung-Kobe, fortalecendo a rede na Ásia Nordeste.
Desempenho das ações: cotada a 42,8 dólares taiwaneses em 13 de novembro, valor de mercado superior a 95 bilhões de dólares taiwaneses, com alta de aproximadamente 18% desde o início do ano, sendo uma das ações de crescimento do setor aéreo.
Desafios e oportunidades na perspectiva das ações de aviação
Dificuldade em eliminar totalmente os custos estruturais
Combustível, mão de obra e manutenção da frota representam os principais custos. Quando o petróleo sobe ou há escassez de pessoal, os lucros das companhias aéreas ficam pressionados. Essa é a natureza cíclica do setor.
Endividamento elevado e altos investimentos testam a resiliência financeira
A maioria das companhias possui alto endividamento, e uma reversão de ciclo ou aumento de juros pode agravar a situação financeira. Durante a pandemia, muitas tiveram que emitir novas ações, diluindo participações.
Risco de eventos imprevistos (black swan)
Crises geopolíticas, condições climáticas extremas, problemas de controle de espaço aéreo podem ocorrer de forma imprevisível, causando redução de voos, queda no número de passageiros e forte volatilidade nas ações.
Por outro lado, esses desafios também filtram os verdadeiros vencedores. Empresas sólidas, com caixa forte e alta eficiência operacional, tendem a obter retornos superiores na recuperação do ciclo.
Recomendações práticas para investir em ações de aviação
Aproveite o ciclo econômico
Ações de aviação são cíclicas. Os melhores momentos de compra geralmente ocorrem na fase intermediária do ciclo, quando os lucros começam a melhorar e o mercado ainda não refletiu totalmente essa recuperação.
Diversifique geograficamente
Distribuir investimentos entre diferentes regiões reduz riscos específicos de mercado. A combinação de líderes nos EUA, Taiwan e Hong Kong ajuda a equilibrar risco e retorno.
Priorize companhias com forte fluxo de caixa
Setor altamente capitalizado, requer liquidez suficiente para suportar períodos de baixa. Focar em empresas com baixo endividamento, boas reservas de caixa e fluxo operacional forte é fundamental.
Observe a receita não proveniente de passagens
Hoje, as receitas de companhias aéreas não dependem apenas de bilhetes. Serviços como bagagem, upgrades, programas de fidelidade, cargas e cartões de crédito co-branded estão se tornando fontes principais de lucro, fortalecendo a resistência em períodos de baixa.
Resumo do cenário das ações de aviação: vale a pena investir em 2025-2026?
A resposta é condicional. O número de passageiros aéreos deve superar os níveis pré-pandemia, viagens de negócios estão se recuperando, mercados emergentes apresentam potencial de crescimento, e o preço do petróleo permanece relativamente moderado, indicando uma tendência de alta. Contudo, é importante reconhecer que o setor é cíclico e volátil.
Para investidores com tolerância a riscos moderados e visão otimista sobre a economia, este momento pode ser uma janela adequada para posicionar-se em ações de aviação. O segredo está em escolher empresas com fundamentos sólidos, alta eficiência operacional e fluxo de caixa estável, além de diversificar entre regiões e modelos de negócio (full service vs. low cost) para equilibrar riscos. A longo prazo, o potencial de crescimento do setor aéreo ainda é promissor.