O produto de empréstimo da Jupiter envolve controvérsias sobre divulgação de riscos e a ferramenta de migração foi bloqueada por concorrentes.

O produto de empréstimos da Jupiter Exchange esteve recentemente envolvido numa controvérsia sobre divulgação de riscos.

O caso começou quando, anteriormente, promoveram nas redes sociais que os cofres do seu produto de empréstimos tinham uma “característica de isolamento de risco”, chegando mesmo a afirmar em alguns posts que “não há contágio entre pares de negociação, eliminando totalmente o risco de transmissão”. Esta afirmação rapidamente levantou dúvidas — e os posts foram depois discretamente apagados.

O COO da Jupiter, Kash Dhanda, veio a público reconhecer que a expressão “risco zero de contágio” não era, de facto, precisa. Num vídeo, explicou que os cofres são realmente isolados, mas ao mesmo tempo admitiu que a plataforma utiliza ativos rehipotecados. Isto torna a situação embaraçosa, porque a própria rehipoteca implica que o risco é transferido entre diferentes ativos.

De forma ainda mais dramática, outra plataforma de empréstimos na Solana, a Kamino, baniu diretamente a ferramenta de migração de utilizadores da Jupiter, alegando preocupações de que o modelo de risco deles poderia induzir os utilizadores em erro. O fundador da Kamino chegou mesmo a publicar um texto criticando a afirmação da Jupiter sobre o “isolamento dos cofres”.

Esta controvérsia reflete, na sua essência, um problema de transparência na gestão de riscos dos protocolos DeFi de empréstimos — os utilizadores precisam de saber claramente a que riscos potenciais os seus ativos estão expostos, em vez de serem iludidos por discursos de marketing.