Várias coisas aconteceram recentemente, umas atrás das outras, que nos obrigam a pensar um pouco mais.
O Japão anunciou de repente uma subida das taxas de juro, a Reserva Federal dos EUA ainda está a debater se deve cortar ou não, a JPMorgan de Wall Street transferiu a sua equipa de negociação de ouro para Singapura durante a noite e os países dos BRICS continuam a vender dívida americana. Olhando para cada acontecimento de forma isolada talvez não pareça grande coisa, mas juntos tornam-se bastante interessantes.
**Qual é o impacto do aumento das taxas de juro no Japão?** Nos últimos anos, as taxas de juro do iene estiveram praticamente a zero, levando inúmeras instituições a recorrer ao “carry trade” com ienes — ou seja, pedir dinheiro emprestado a custos baixíssimos para comprar ações americanas, criptomoedas e outros ativos de alto risco. Agora que o Japão subiu as taxas, o custo de financiamento disparou. Os jogadores com alta alavancagem não aguentam e são forçados a cortar posições e vender. Esta reação em cadeia está apenas a começar.
**Porque é que a JPMorgan está a “mudar-se”?** Transferir a equipa de ouro de Nova Iorque para Singapura não é uma simples mudança de escritório. Se um gigante de Wall Street desloca o seu core business para a Ásia, o que significa isto? Ou está a fugir ao risco regulatório, ou está a posicionar-se antecipadamente no mercado asiático. O dinheiro inteligente já está a votar com os pés.
**O que significa a redução da exposição à dívida americana?** Os BRICS não começaram a vender dívida americana agora, mas o ritmo está a acelerar. A lógica subjacente à alocação global de ativos está a mudar — a posição dominante do dólar está a ser gradualmente diluída. Isto não é uma flutuação de curto prazo, é uma tendência de longo prazo.
**E para o mercado cripto?** No curto prazo, vai haver volatilidade. Os ativos com alta alavancagem serão os primeiros a ser atingidos e, quando a liquidez aperta, todos os ativos de risco sofrem. Mas a longo prazo, se a liquidez global deixar de depender apenas da Reserva Federal, com capital a fluir também para os mercados asiáticos, para alguns setores isto pode não ser mau.
Quando a velha ordem começa a tremer, costuma ser nessas alturas que surgem novas oportunidades. A questão é: que ativos vão resistir a esta vaga de mudanças? Que setores vão conseguir afirmar-se no meio do caos?
O que achas que vai resistir melhor à próxima tempestade? Partilha a tua opinião nos comentários.
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AirdropGrandpa
· 12h atrás
Ficar à espera dos airdrops é suficiente
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NFTBlackHole
· 12-06 16:52
É o momento certo para comprar Bitcoin em baixa
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LiquidityOracle
· 12-06 16:50
O caminho dourado é mesmo muito estável
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rekt_but_resilient
· 12-06 16:41
O Bitcoin aguenta
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GasBandit
· 12-06 16:33
A grande mudança chegou mesmo
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ValidatorViking
· 12-06 16:31
Para proteger-se contra a inflação, deve-se comprar Bitcoin.
Várias coisas aconteceram recentemente, umas atrás das outras, que nos obrigam a pensar um pouco mais.
O Japão anunciou de repente uma subida das taxas de juro, a Reserva Federal dos EUA ainda está a debater se deve cortar ou não, a JPMorgan de Wall Street transferiu a sua equipa de negociação de ouro para Singapura durante a noite e os países dos BRICS continuam a vender dívida americana. Olhando para cada acontecimento de forma isolada talvez não pareça grande coisa, mas juntos tornam-se bastante interessantes.
**Qual é o impacto do aumento das taxas de juro no Japão?**
Nos últimos anos, as taxas de juro do iene estiveram praticamente a zero, levando inúmeras instituições a recorrer ao “carry trade” com ienes — ou seja, pedir dinheiro emprestado a custos baixíssimos para comprar ações americanas, criptomoedas e outros ativos de alto risco. Agora que o Japão subiu as taxas, o custo de financiamento disparou. Os jogadores com alta alavancagem não aguentam e são forçados a cortar posições e vender. Esta reação em cadeia está apenas a começar.
**Porque é que a JPMorgan está a “mudar-se”?**
Transferir a equipa de ouro de Nova Iorque para Singapura não é uma simples mudança de escritório. Se um gigante de Wall Street desloca o seu core business para a Ásia, o que significa isto? Ou está a fugir ao risco regulatório, ou está a posicionar-se antecipadamente no mercado asiático. O dinheiro inteligente já está a votar com os pés.
**O que significa a redução da exposição à dívida americana?**
Os BRICS não começaram a vender dívida americana agora, mas o ritmo está a acelerar. A lógica subjacente à alocação global de ativos está a mudar — a posição dominante do dólar está a ser gradualmente diluída. Isto não é uma flutuação de curto prazo, é uma tendência de longo prazo.
**E para o mercado cripto?**
No curto prazo, vai haver volatilidade. Os ativos com alta alavancagem serão os primeiros a ser atingidos e, quando a liquidez aperta, todos os ativos de risco sofrem. Mas a longo prazo, se a liquidez global deixar de depender apenas da Reserva Federal, com capital a fluir também para os mercados asiáticos, para alguns setores isto pode não ser mau.
Quando a velha ordem começa a tremer, costuma ser nessas alturas que surgem novas oportunidades. A questão é: que ativos vão resistir a esta vaga de mudanças? Que setores vão conseguir afirmar-se no meio do caos?
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