Já é 2025, e o mercado global de cripto está a viver um verdadeiro realismo mágico.

Olha-se para o outro lado do Atlântico: o Bitcoin entra diretamente nas reservas nacionais como ativo estratégico, as stablecoins são promovidas como o duplo digital do dólar, e os mineradores até recebem subsídios para a eletricidade. E quanto às moedas digitais de bancos centrais? Nem lhes interessa, dizem: "Os meus já os controlo, para quê mais?".

Agora olhamos para o nosso lado: Bitcoin? Não existe. Stablecoins? Muito menos. Quer minerar? Cuidado com os riscos legais. Se quiser mesmo aventurar-se, pode tentar em Hong Kong, ou então usar o renminbi como sempre.

Resumindo, há quem veja as criptomoedas como o futuro da inovação financeira, e há quem as trate como uma ameaça a ser vigiada de perto. No mesmo planeta, vivem-se dois roteiros completamente diferentes. Esta é a realidade de 2025: uns entram a correr, outros constroem muros, cada um com a sua lógica e o seu preço a pagar.