O gigante do streaming prepara-se para desembolsar mais de 82 mil milhões de dólares em dinheiro vivo para adquirir um dos mais antigos estúdios de Hollywood. Esta aquisição, que abalou toda a indústria, não só vai provocar uma reestruturação do panorama audiovisual global, como também levou pequenos investidores a seguir de perto as oscilações das ações.

O negócio está desenhado da seguinte forma: o comprador pretende adquirir a empresa-alvo a 27,75 dólares por ação, um valor bastante acima do preço de mercado. Dos 82 mil milhões de dólares oferecidos, a maior parte será paga em dinheiro e uma pequena parte em troca de ações. Soa a poderio financeiro? Sem dúvida, afinal trata-se de um verdadeiro filão de conteúdos com quase um século de história, cujo catálogo e força da marca são dos mais respeitados do setor.

No entanto, o sucesso da operação depende do crivo das autoridades reguladoras. É muito provável que a análise antitrust se arraste durante um ano inteiro, já que, uma vez concluída a transação, a concentração de mercado vai aumentar ainda mais. Já se ouvem críticas: “Se os gigantes ficarem ainda maiores, como sobreviverão os restantes?” Não lhes falta razão, pois a estrutura competitiva do mercado de conteúdos poderá mudar radicalmente.

Neste momento, todos aguardam pela decisão dos reguladores. Se houver luz verde, o setor global do entretenimento audiovisual entrará numa nova era de domínio absoluto; se não houver, o sonho dos 82 mil milhões de dólares terá de ser repensado.